terça-feira, 29 de setembro de 2009

Aula de moulage






MOULAGE/DRAPING

É uma técnica de modelagem tridimensional, em que a criação é praticamente "esculpida" diretamente no corpo ou no busto (manequim técnico). Usada há mais de 150 anos, consiste em moldar toda a roupa em cima de um manequim que apresenta as medidas de um corpo humano. Desenha-se a peça, os recortes e trabalha-se o tecido diretamente em cima desse manequim. Assim tem-se a noção do caimento, das proporções e do volume. A vantagem é que se pode visualizar a peça imediatamente. É também possível fazer o moulage diretamente no corpo da pessoa; depois o tecido moldado se transforma no molde definitivo. Não é necessário esperar uma segunda prova para corrigir os defeitos de caimento, as folgas ou as pences. Todos os defeitos são corrigidos na hora. A roupa já sai quase pronta. Só depois vai para máquina para serem feitas as costuras definitivas. Economiza-se muito em tempo e ganha-se em perfeição. O moulage é uma técnica usada basicamente na alta costura.
A arte da Moulage viajou através dos tempos para chegar ao atual mundo da moda, é a mais antiga das técnicas e atualmente está sendo redescoberta e amplamente utilizada no Brasil. Atualmente recebe outros nomes como “Draping”. Egípcios, Gregos e Romanos de ambos os sexos, usavam roupas similares que se resumiam em dois cortes de tecido medidos de acordo com o estilo e comprimento, os quais eram drapeados ao corpo.

sábado, 26 de setembro de 2009

Ousadia de ser






Admiro a ousadia de ser "ex-alguma coisa". É preciso coragem para abandonar algo em prol da tal felicidade. No entanto, é possível utilizar um quê do “ex” nas novas empreitadas. Alix Grés foi uma dessas. Uma francesa nascida em 1899, que desistiu do velho sonho de ser escultora para dedicar-se a criação de roupas. De “ex-cultora”, Grés manteve a sensibilidade e habilidade com as mãos nas suas novas invenções. Verdadeiras obras de arte, os vestidos eram criados manualmente, no corpo da manequim, técnica chamada draping/moulage.
Inicialmente, ela criava modelagens e as revendia para salões de alta costura. Em 1934, decidiu criar a sua própria maison, com o nome de Alix Barton, infelizmente fechada no período de escassez da 2ª Guerra Mundial, mas felizmente reaberta após o seu término, agora com o nome de Madame Grés, para o delírio das madames cinquentistas, como a princesa de Mônaco Grecy Kelly, que eram transformadas em verdadeiras deusas gregas com os belos vestidos de Grés.
Nos anos 80, época em que a alta costura sentia o peso do prêt-à-porter e as grandes maisons corriam para aumentar e “industrializar” a produção, Madame Grés, apesar dos esforços, não conseguiu a adequação aos novos tempos e enquanto eu vinha ao mundo, em 1984, a loja era vendida para o francês Bernard Tapie. Três anos depois, no entanto, o salão era fechado, mergulhado em dívidas. Em 1988, era vendido novamente, dessa vez para o grupo japonês Yagi Tsusho Limited e apesar de ter recuperado a maison, era tarde demais para que a senhora Grés se recuperasse das quebras que tanto a abalaram. Morreu praticamente no anonimato, em um asilo na França. Para a felicidade geral da nação admiradora, restam os registros. Inclusive em março desse ano, no Metropolitan Museum, houve uma exposição das criações da Madame.

domingo, 6 de setembro de 2009

FECERN 2009






ai galera bastidores da FECERN confiram.